segunda-feira, 30 de junho de 2014

As crianças das capas de discos...


Empire: The End

Ao fim de três de existência, a única revista de cinema em Portugal, a Empire, chega ao fim este mês de Julho. Claro que era uma réplica da Empire britânica e que estava vocacionada essencialmente para o cinema comercial e de super-heróis, mas não deixa de ser penoso constatar o desaparecimento sucessivo de títulos da imprensa escrita especializada.
Em relação à Empire, comprava-a muito esporadicamente, quando via que tinha uma reportagem ou entrevista que me interessava. 
Este último número vou comprá-lo. Por dois motivos: porque quero ficar com a última edição como coleccionador (também tenho a última da revista também desaparecida Premiere); e porque traz um "Especial realizadores: Mann, Fincher e Lynch na Primeira Pessoa".
A notícia.


sábado, 28 de junho de 2014

A música para Max Cady

Um das bandas sonoras compostas para cinema de que mais gosto é a do filme "Cape Fear" ("Cabo do Medo"), original de J. Lee Thompson (1962) e alvo de um brilhante remake de Martin Scorsese em 1991. Fui vê-lo duas vezes seguidas à sala de cinema, não só pela realização, pelas interpretações, pela história ou pela montagem. Foi também pela música. Originalmente foi composta pelo grande Bernard Herrmann e adaptada por Elmer Bernstein para o filme de Scorsese.
A cada segundo de música cria-se o ambiente soturno e inquietante adequado à história de vingança de Max Cady (magnético Robert De Niro). Uma música que é, igualmente, uma espécie de personagem do próprio filme.
Vale a pena, por isso, rever o genérico inicial do genial Saul Bass (trabalhou com Hitchcock) e sentir os arrepios na pele com o tema principal do filme:

quinta-feira, 26 de junho de 2014

O que diz Tarkovski #13

"O artista existe porque o mundo não é perfeito. A arte seria inútil se houvesse perfeição no mundo e o que  o homem tem de fazer é procurar a harmonia neste mundo imperfeito."

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Realizadores "lentos"

Esta é uma lista definitiva que comprova uma coisa tão simples quanto isto: os realizadores que filmam longos planos fixos ou planos-sequência, são todos grandes realizadores da história. Basta constatar esta lista de 15 cineastas que "exigem a paciência do espectador". Ninguém que saiba apreciar bom cinema se arriscaria a denegrir qualquer um destes nomes e, no entanto, fazem (ou faziam) filmes de várias horas com planos fixos, seja por uma questão estética ou narrativa - ou ambas. Uma boa lista para destruir o preconceito de que filmes "lentos" são chatos e sem mérito artístico.
Abrir a lista aqui.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

"A primeira vez que ouvi..."

Que impacto tem ouvir pela primeira vez determinadas bandas ou músicos? De que forma a música de uma banda influencia a nossa vida? Partindo desta premissa, uma editora britânica editou esta colecção de quatro livros "The First Time I Heard...".
Os testemunhos são de outros músicos, escritores e artistas que foram (ou não) influenciados por bandas como Joy Division, The Smiths ou David Bowie.
Eis mais pormenores.

sábado, 21 de junho de 2014

Uma selfie (23 anos depois)

Como qualquer outra moda da era digital, a selfie é agora o expoente máximo da exposição mediática nas redes sociais. Como se a auto-fotografia fosse uma invenção de agora e dos smartphones com muitos pixeis de resolução de câmara. Aliás, praticamente desde a invenção da fotografia que o auto-retrato fotográfico é um recurso normal. Mas adiante...
No cinema, há muitos anos que a selfie é revelada no grande ecrã. Um dos exemplos mais paradigmáticos aconteceu no filme "Thelma & Louise" (1991) de Ridley Scott. As actrizes Geena Davis e Susan Sarandon faziam uma - agora chamada - selfie com uma câmara fotográfica Polaroid. 
23 anos mais tarde, Susan e Geena voltaram a encontrar-se para uma selfie à moda do presente.
E a verdade é que parece que o tempo nem passou por elas...

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Michael Gira - A entrevista

Este título e esta introdução resumem a essência da música dos Swans de Michael Gira. Criadores do mais épico e grandioso disco de rock deste ano, "To Be Kind", o líder da banda deu uma interessante entrevista à revista  Music&Riots. 
Para ler tudo aqui.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Só com um olho

Eram melhores realizadores só com um olho do que muitos com os dois:

Nicholas Ray (1911 - 1979)

Raoul Walsh (1887 - 1980)

John Ford (1894 – 1973)

André de Toth (1913 - 2002)

Fritz Lang (1890 - 1976)

domingo, 15 de junho de 2014

Béla Tarr e os primeiros filmes

Segundo pack de DVD com 7 filmes inéditos de Béla Tarr, edição que fecha a retrospectiva integral da obra cinematográfica única do realizador húngaro. Uma edição que certamente irá marcar o ano e que vai estar disponível a partir desta semana na Fnac a um preço imbatível: 20€. 
Mais informação sobre a edição e os filmes, aqui.

Discos que mudam uma vida #193

U2 - "The Joshua Tree" (1987)

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Campeonatos

Se há um campeonato do mundo de futebol, porque é que não pode haver um campeonato do mundo de cinema? Ou um campeonato do mundo de literatura ou de música?... De quatro em quatro anos juntavam-se os melhores países que competiam entre si para ver qual o melhor filme, o melhor disco ou o melhor livro. Sem árbitros, apenas com a apreciação crítica do público que encheria estádios... de futebol.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Biopic sobre os VU?

Os biopics de personalidades musicais estão na moda em Hollywood. Os próximos sonantes são os filmes sobre a vida de James Brown e de Whitney Houston
Na realidade, há poucos bons filmes biográficos de músicos que me interessam. O melhor dos últimos anos foi "Control" sobre Ian Curtis/Joy Division. Haveria um biopic que me interessaria muito: The Velvet Underground.
Mas para tal era preciso saber qual seria o realizador ideal para tal empreitada (e numa segunda fase, saber quais seriam os actores). Que cineasta poderia reunir os requisitos artísticos e a sensibilidade (cinematográfica e musical) para levar a bom porto um projecto destes? 
Eu arrisco: 

- Anton Corbijn 
- Gus Van Sant 
- Paul Thomas Anderson
- Abel Ferrara
- Martin Scorsese 
- Jim Jarmusch 
- Clint Eastwood 
- Darren Aronofsky 
- Steven Soderbergh 
- Joel e Ethan Coen

domingo, 8 de junho de 2014

100 discos da vida (pouco conhecidos)

Rui Eduardo Paes é um jornalista, crítico e ensaísta musical já com 30 anos de carreira. O que admiro na sua visão da música é a procura incessante da inovação estética, das correntes musicais mais originais, das manifestações artísticas menos ortodoxas e previsíveis. A sua área de especialização, se assim se pode dizer, é a música de "vanguarda" (devidamente com aspas), categoria onde pode caber Frank Zappa ou John Cage. A sua ânsia de descobrir novos territórios sonoros estimulantes nunca cessou com o passar dos anos.
A dita vanguarda musical percorreu todo o século XX e ainda hoje tem fortes ramificações em várias frentes da música contemporânea, do jazz ao rock, da electrónica às fusões iconoclastas. Ora, o que Rui Eduardo Paes fez agora foi revelar os 100 discos da sua vida, aqueles discos que o marcaram e que moldaram o seu gosto e a sua visão da criação musical. São 100 discos de épocas e géneros totalmente distintos, que vão do free-jazz ao rock progressivo, da electrónica experimental às músicas do mundo, da erudita contemporânea ao art rock. 
Enfim, uma lista extremamente curiosa e interessante para qualquer amantes de música (o Rui define cada disco com uma frase sintomática!). Talvez o leitor não conheça muitos dos discos citados, mas a missão do Rui também passar por este processo: o de mostrar aos outros, menos informados, a incrível variedade de boa música pouco conhecida que existe à face da terra (cada disco revelado tem um vídeo associado para que o leitor possa ouvir). 
Para abrir a página, ir aqui.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Conhecer um filme mudo de Hitch

Há um ano e meio escrevi neste post sobre um fabuloso filme mudo de Alfred Hitchcock intitulado"The Lodger" (1927). Tinha o interesse acrescido de ter uma brilhante música original de Nitin Sawhney
Ora, ao deambular pelo Youtube dei-me agora conta que este filme já se encontra integralmente disponível para visionamento online.
Vale bem a pena conhecer esta obra de Hitch por tudo o que disse no meu post (acima linkado):

domingo, 1 de junho de 2014

A voluptuosidade de Eva Green

Vai ser, certamente, um dos grandes posters de cinema de 2014. "Sin City: A Dame To Kill For" (baseado na novela gráfica de Frank Miller). 
No poster sobressai a bela Eva Green como Ava Lord, femme fatale do filme. Ao que parece este poster foi censurado pela Motion Picture Association of America por mostrar de forma explicita a "curvatura dos seios" de Eva Green, bem como a auréola/mamilo da atriz por trás de um vestido transparente. É assim o puritanismo moral de Hollywood: sórdido e hipócrita. 
Seja como for, a verdade é que o poster é fortemente icónico, com realce para o contraste entre os intensos olhos verdes e os lábios vermelhos. E a voluptuosidade de Eva Green faz o resto...