segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O poder da Voz Off


Há várias formas de contar uma história no cinema. Uma das formas de que gosto mais é através da chamada voz off, ou seja, uma voz que narra os acontecimentos do filme. Curiosamente, este foi um recurso utilizado sobretudo após a segunda grande guerra, com especial desenvolvimento a partir dos anos 80. A voz off confere outra dimensão à dinâmica narrativa e dramática de um filme (mais ainda se o filme em questão for um drama ou um thriller). E uma boa voz representa sempre uma personagem, na forma de papel de narrador passivo ou activo na história do filme. Há vozes que narram a história tão marcantes como os personagens principais dos filmes. Mais: se juntarmos a uma voz carismática um bom texto, inspirado e acutilante, então o efeito é deveras poderoso como veículo comunicacional.

Fiz um esforço de memória e seleccionei alguns filmes, sem critério específico e de forma algo aleatória, cujas vozes off são absolutamente determinantes na consumação da qualidade geral da obra cinematográfica:

Kevin Spacey – “Usual Suspects”
Kevin Spacey - “American Beauty”
Morgan Freeman – “Shawshank Redemption”
Max Von Sydow - "Europa"
Edward Norton – “Fight Club”
Martin Sheen – “Apocalypse Now”
Richard Dreyfuss – “Stand By Me”
Harrison Ford - “Blade Runner”
Woody Allen - “Annie Hall”
F. Murray Abraham – “Amadeus”
Malcoml McDowell – “Laranja Mecânica”
William Holden - “Sunset Boulevard”
Ray Liotta – “Goodfellas”
Barry Humphries - “Mary and Max”
John Hurt - “Dogville”
Tom Hanks - “Forrest Gump”
(voz não creditada) - “O Fabuloso Destino de Amélie”
(voz não creditada) - “How Green Was My Valley”
(voz não creditada) - “Last Year at Marienbad”
(voz não creditada) - “A Barreira Invisível”
(voz não creditada) - “Morangos Silvestres”
(...)

9 comentários:

Jorge Rodrigues disse...

Um que me lembro, além dos que falaste, é a narração de Alec Baldwin no 'The Royal Tenenbaums', das coisas mais geniais que já vi.

Até há um artigo a homenageá-lo e tudo num blogue: http://thefilmexperience.net/blog/2011/3/30/unsung-heroes-alec-baldwin-in-the-royal-tenenbaums.html

Abraço!

Anónimo disse...

Falta claramente a do Barry Lyndon do Kubrick

João disse...

A voz-off do blade runner é horrivel, não se perde nada a ver o filme sem ela, aliás o filme é melhor sem ela...

Unknown disse...

Jorge e Marcos: dois bons contributos.
Falha grave a do Barry Lyndon do Kubrick (já o vi há tanto tempo!), que tanto quanto me recordo, foi a única vez que utilizou voz off num filme.

Vasco disse...

Nem um do JLG?!
saudações cineastas

André disse...

«Shawshank Redemption» para mim o melhor filme de sempre! (Tenho para ali o DVD, tenho que ir vê-lo pela enésima vez!) E não me refiro a critérios técnicos, ou artísticos, que não sou cinéfilo, nem tenho gosto nem jeito para a crítica de nenhuma arte, embora goste de todas. É mesmo um critério pessoalíssimo. Abc.

joao amorim disse...

nicholas cage "adaptation". é genial, brilhante. tanto nas palavras utilizadas, como na voz de cage. curioso que a personagem de cage vai a um seminário em que o orador principal diz "e meus senhores, livrem-se de utilizar voz-off".

cumps

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