sábado, 26 de março de 2011

A Leica de Cartier-Bresson


Numa incursão pela livraria Bertrand deparei-me com este magnífico álbum de fotografias de um dos maiores fotógrafos do século XX, Henri Cartier-Bresson. "Um Silêncio Interior: Os Retratos de Henri Cartier-Bresson" (com Samuel Beckett na capa).
São apenas 160 páginas em grande formato com fotografias espantosas de artistas, intelectuais, cientistas, escritores e figuras da cultura do século passado.
Os retratos reproduzidos nesta obra pelo fundador da agência Magnum mostram, sem artifícios, os rostos de artistas e personalidades como Miró, Matisse, John Huston, Faulkner, Albert Camus, Sartre, Ezra Pound, Duchamp, Stravinsky, Beckett, Renoir, Piaf, Arthur Miller, entre muitos outros.
A inseparável câmara Leica de Cartier-Bresson capta o instante de forma despojada e seca. O olhar do fotógrafo é um olhar instintivo e penetrante, tentando comunicar aquilo que não se vê ao primeiro olhar: "Acima de tudo, procuro um silêncio interior. Esforço-me por traduzir a personalidade e não a expressão", afirmou um dia o fotógrafo. E, na verdade, sentimos a palpitação desse "silêncio interior" quando olhamos para retratos sublimes como os de Arthur Miller, Truman Capote e Marcel Duchamp:


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