quarta-feira, 4 de novembro de 2009

75 filmes em 75 lições


"Ver, Aprender e Vencer: 75 filmes, 75 lições", é o título (algo pomposo, diga-se) do livro de Paulo Miguel Martins (formador e professor universitário), lançado há dias. A obra, com 213 páginas, reúne 75 críticas de filmes e segundo consta, já está a ser usada em acções de formação nas empresas e nas escolas. Porquê nas empresas? Porque este livro aborda um conjunto de questões sobre formação pessoal e profissional, ao nível da gestão. Eis alguns temas: Negociação, Liderança, Estratégia, Auto-Conhecimento, Trabalho de Equipa. As mencionadas 75 lições são facultadas através de textos de outros tantos filmes que exploram os temas referenciados.
O ponto de partida desta obra parece-me interessante e eu sou um apologista da utilização da Sétima Arte como recurso, digamos, pedagógico. Mas segundo a revista de cinema Premiere, "Ver, Aprender e Vencer" enferma de alguns problemas graves, como os alegados fracos conhecimentos de cinema do autor e de alguns erros crassos, como o de atribuir a realização do filme "12 Homens em Fúria" a William Friedkin, em vez de Sidney Lumet (o elenco deste filme também está errado). Mas nada melhor do que uma leitura mais atenta e desenvolvida para aferir da qualidade do livro.
Aqui pode-se visionar um vídeo de apresentação sobre o livro.

4 comentários:

Rui Resende disse...

mas o william friedkin dirigiu um remake do "12 homens em fúria", com precisamente o mesmo nome. Por isso é possível q o autor esteja na verdade a falar do remake, em que um velhinho jack lemmon faz o papel do Fonda no original.

Unknown disse...

Tens razão. É possível que o autor do livro se refira a esse remake e não ao filme original de Lumet. Mas esse remake de Friedkin foi feito apenas para televisão...

::Andre:: disse...

Dentro do género tenho o "A Gestão segundo Tony Soprano".

Rui Resende disse...

sim foi para televisão é verdade. mas olha que por casualidade vi o remake há uns poucos meses, nunca o tinha visto, e fiquei muito agradavelmente surpreendido. Eu acho que o filme do Lumet é uma das experiências mais intensas que podemos ter com filmes, e este remake não compete nem se aproxima do original, nem poderia. mas é um filme muito bem conseguido. a câmara do lumet é mais fluida e muito menos maquinal ou seja, quem a faz mexer são as emoções dos personagens. O friedkin acusa muito mais a própria câmara, mas mesmo assim conseguiu um bom filme. e o jack lemmon ajuda.