quarta-feira, 8 de julho de 2009

Da comédia para o terror e vice-versa

Por aqui se prova que, como dizia Eisenstein, a montagem é a essência do cinema. Através deste recurso da linguagem do cinema, pode-se alterar por completo o sentido estético (e ético) de um filme. Ou de uma sequência de imagens, como mostram estes dois curiosos e interessantes exercícios. Com uma montagem bem planeada e com a utilização da música certa para criar o efeito pretendido, subverte-se por completo a essência de um filme, permitindo que uma comédia se transforme num terrível filme de terror, ou que um filme de terror se transforme numa comédia familiar de Domingo à tarde.
Dito de outro modo: e se o clássico de terror "O Exorcista" fosse essa comédia familiar?

Ou o delicioso filme "O Fabuloso Destino de Amélie" se tornasse num terrível filme de terror psicológico?

2 comentários:

Silly Little Wabbit disse...

Adorei o da Amélie. Mas ainda assim, acho que o meu prefido deve ser o da Mary Poppins.

http://www.youtube.com/watch?v=2T5_0AGdFic&eurl=http%3A%2F%2Fohomemquesabiademasiado.blogspot.com%2F&feature=player_embedded

ArmPauloFerreira disse...

Realmente um bom trailer é uma arte, por vezes esquecida, e que se for descuidada pode ter o poder de dar uma direcção diferente ao filme me questão.
Estes casos aqui são exagerados e feitos para dar outro efeito á coisa mas são o exemplo do poder de um trailer se for bem feito e o que poderia acontecer se o trailer desse outra impressão do filme.
Na realidade o que tem mais acontecido é o trailer amplificar em demasia o filme que promove a ponto de nos fazer acreditar que é bem melhor do que efectivamente é.

Aproveito para lhe informar que o premiei...

Prémio Lemniscata atribuído a Ecos Imprevistos. Fixe!