domingo, 5 de abril de 2009

Kurt Cobain - 15 anos depois


Foi há 15 anos, dia 5 de Abril de 1994. Lembro-me de estar no meu quarto a escrever qualquer coisa quando ouvi na rádio, não sem espanto, a notícia da morte de Kurt Cobain. O maior ícone do rock da sua geração morria, aparentemente, por suicídio, aos 27 anos de idade, engrossando o mítico "Clube 27" (os músicos que morreram com 27 anos). Os Nirvana tinham dado um dos seus últimos concertos em Portugal, no Dramático de Cascais, escassos dois meses antes da tragédia acontecer.
Conheci os Nirvana na altura da edição do disco de estreia "Bleach" (1989), um álbum muito mais cru e directo que "Nevermind", herdeiro ainda da raiva do punk rock. Com o inesperado êxito (comercial e crítico) de "Nevermind" e do hino "Smells Like Teen Spirit", Kurt Cobain rapidamente passou de figura de culto quase desconhecida para figura de dimensão mediática no mundo da música, epíteto que sempre recusou. Aliás, a fama sempre lhe trouxe dissabores, como se fosse uma força de bloqueio à sua criatividade e felicidade. Consta-se que foi por lidar mal com a exposição pública que Cobain se afundou, cada vez mais, num abismo de drogas e álcool, culminando no acto suicida. Esse último período soturno de total fragilidade psicológica e emocional, de deriva angustiada e depressiva do vocalista dos Nirvana, está bem retratado no filme "Last Days" (2005) de Gus Van Sant (ainda que não seja explícita a relação entre a personagem do filme e Kurt Cobain).
Com a morte, há 15 anos, de Kurt Cobain morria também a lenda maior da música grunge e uma das maiores referências do rock dos anos 90. A mãe do cantor que cantava - "I hate myself and I want to die" - sempre pressentiu o desenlace fatal quando, após a notícia da morte do filho, desabafou para os jornais: "Sempre lhe disse que não se juntasse ao maldito clube dos 27!"
O jornal espanhol ABC publicou um resumo da vida e obra de Kurt Cobain num "A a Z".

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