quinta-feira, 24 de julho de 2008

O som de WALL-E


Estreia no próximo dia 14 de Agosto um dos mais aguardados filmes de animação digital de sempre: "WALL-E", da produtora Disney-Pixar. As críticas ao filme nos EUA têm sido estrondosamente positivas, ao ponto de ter entrado directamente para um impressionante 25º lugar na lista dos 250 melhores filmes de sempre do portal de cinema Internet Movie Database. A nota média final atribuída é de 8.8 em 10.
Andrew Stanton, o realizador de "WALL-E", afirmou que o robô do filme é inspirado no vagabundo Charlot de Charlie Chaplin, apresentando-se como "uma figura cruzada de Buster Keaton e do alienígena de "E.T. - O Extraterrestre". A história do filme é simples: um robôzinho movimenta-se num planeta Terra tornado inabitável pelo lixo e pela poluição, tentando sobreviver no meio do caos tecnológico. Tratando-se, assumidamente de um filme de ficção científica passado numa era pós-apocalíptica, era decisivo que o filme tivesse um grande trabalho ao nível do desenho de som e da sonoplastia. Daí que Stanton não hesitou ao convidar um dos maiores especialistas nesta matéria: Ben Burtt, criador das vozes sintetizadas e dos sons robotizados da saga "Star Wars" (como o mítico robô R2D2).
Burtt não só criou as vozes como todos os efeitos sonoros para os ambientes, veículos, aparelhos electrónicos, ruídos maquinais, etc. Sobre a criação da voz do personagem principal, disse Ben Burtt: "Como grande parte do filme é uma pantomima e não há qualquer diálogo real, muito do que se atribuirá ao personagem virá dos efeitos sonoros. Além disso, Wall-E tem voz, como os demais personagens robôs. O truque é criar uma voz que tenha o calor e a alma de um personagem humano, para que todas as emoções estejam lá e o público as possa relacionar e identificar de alguma forma." No intuito de conseguir um resultado eficaz e de qualidade, foi preciso um grande investimento no talento e na imaginação para inventar os sons e sincronizá-los com as imagens (alguns sons foram produzidos digitalmente, outros de forma absolutamente artesanal - gravando o som de um objecto para depois o relacionar com uma determinada cena ou personagem do filme).
É todo este processo minucioso, longo e criativo de edição de som para o filme "WALL-E" que Ben Burtt explica neste breve mas interessante vídeo de 2'40'' (dobragem em castelhano).

1 comentário:

::Andre:: disse...

Vejo depois do filme :)