sábado, 26 de julho de 2008

FMM Sines - a experiência de uma noite


Porque as férias obrigam a um comedimento mental, vou apenas comentar telegraficamente a noite de sexta-feira do Festival Músicas do Mundo de Sines:

- Ambiente geral muito agradável. Tempo extremamente ameno.
- Proliferação de várias tribos urbanas - com predomínio dos "modernos primitivos".
- Chegada ao castelo de Sines às 21h30 - 150 pessoas aproximadamente.
- 22h30 - recinto completamente lotado.
- 1º concerto da noite: o grupo do paquistanês Faiz Ali Faiz: música hipnótica, ritualista, espiritualidade Sufi, cantos de devoção profunda, danças na assistência. Brilhante.
- Intervalo de 15 minutos. Os horários dos espectáculos foram quase todos cumpridos (quase) à risca.
2º concerto da noite: KTU (Kimmo Pohjonen, Pat Mastelotto e Trey Gunn). Fúria demencial, sons abrasivos do acordeão e da guitarra de 10 cordas, ritmos em vertigem e ambiências demolidoras. Arrasador. O cantor JP Simões (Belle Chase Hotel) estava ao meu lado nos dois primeiro temas. Depois desapareceu (aspereza sonora a mais?).
3º concerto da noite: Cui Jian. Rock chinês, bons instrumentistas, canções medianas com temas fusionistas enérgicos (hip-hop, sons orientais, guitarras assanhadas). Dividiu a assistência.
- Passeio pela marginal: milhares de pessoas em circulação e convívio, dezenas de barracas de comes e bebes, venda de produtos (roupa, acessórios, instrumentos étnicos). E uns 5 ou 6 ecrãs gigantes estrategicamente colocados em várias artérias de Sines, transmitindo em tempo real os concertos (com excelente qualidade de som).
Em suma, ao fim de dez edições, este é um festival com identidade, carisma, excelente programação e organização.

7 comentários:

Anónimo disse...

E gostaste de KTU ou nem por isso?

Achei-os mais consistentes e mais rodados do que em 2005, mas tem-me supreendido muita gente que não gostou, alegando principalmente que as músicas novas são fraquinhas.

O Absynth, logo ao segundo tema, foi do catano.

Unknown disse...

Claro que gostei. Bastante mesmo. KTU nunca tinha visto ao vivo, só de disco. O Kimmo vio-o há dois anos a solo e adorei. Aliás, fiz-lhe uma entrevista que pode ser lida aqui - http://ohomemquesabiademasiado.blogspot.com/2007/11/o-acordeo-do-diabo.html

dermot disse...

Fico mais descansado :)
Vou ler a entrevista.

Sérgio Currais disse...

Estive lá em 2003. Vi Danças Ocultas, Simentera (Cabo Verde), Kad Achouri (França), Totonho e os Cabra (Brasil), Kronos Quartet (EUA), Mahotella Queens (África do Sul), e Skatalites (Jamaica), que fecharam o festival com direito a invasão de palco e tudo. Foi uma barrigada de música, praia e boa-disposição, num ambiente festivo, muito boa-onda. Três dias de concertos para os quais se pagava simbolicamente dois euros por dia. Pelos vistos, o evento tem crescido bastante. Ainda bem. Para o ano volto lá.

Jorge Silva disse...

Que inveja!

A ver se lá vou para o ano.

Adinatha Kafka disse...

Eu estive la nesse dia. KTU foi simplesmente frenetico,desgastante de tao poderoso!!!

Queria perguntar-lhe se tem mais fotos desse dia, principalmente da assistencia... fiquei sem maquina,e conheci muito boa gente por la, de quem gostava de ter ficado com umas recordacoes...

Sara Weaver.

Unknown disse...

Sara: respondendo à pergunta - não, não tenho mais fotografias do concerto ou da assistência. Esta foi a única que tirei e foi do telemóvel.