quarta-feira, 28 de maio de 2008

Vinho ao sabor da música


Nunca fui um grande apreciador de vinhos, mas esta notícia não deixa de me interessar: um grupo de psicólogos da Universidade Heriot Watt, em Edimburgo, realizou uma pesquisa, envolvendo 250 estudantes, que demonstra uma ligação entre a música que se está a ouvir e o sabor do vinho que se está a beber. De acordo com o estudo desenvolvido, os especialistas concluíram que um copo de "cabernet" saboreado ao som de música mais pesada, fazia o consumidor descrevê-lo como mais "poderoso, rico e robusto", em 60 por cento das ocasiões, do que se o provasse em silêncio. Os mesmos investigadores chegaram a outra conclusão curiosa: o sabor do vinho tipo "cabernet" é mais afectado por músicas pesadas, enquanto o vinho "chardonnay" tem a percepção modificada por "batidas energéticos ritmadas".
Durante um dos testes, foram tocadas quatro músicas diferentes para os mesmos vinhos: "Carmina Burana" de Carl Orff ("poderosa e pesada"); "Valsa das Flores", de Tchaikovsky ("subtil e refinada"); "Just Can`t Get Enough", dos Nouvelle Vague ("energética e refrescante") e, por fim, "Slow Breakdown", de Michael Brook ("melosa e leve").
Ao som de "Just Can`t Get Enough", dos Nouvelle Vague, o vinho branco foi considerado, em mais de 40 por cento, "energético e refrescante". Já ao som de "Slow Breakdown", de Michael Brook, apenas 26 por cento o considerou "meloso e leve". Por seu lado, o vinho tinto teve uma variação de 60 por cento do sabor quando acompanhado por Carmina Burana.
Adrian North foi o professor que liderou o estudo e, depois destes resultados, acredita que os produtores de vinhos podem e devem começar a imprimir recomendações musicais nos rótulos dos vinhos. Agora só faltam estudos que comprovem a relação entre o consumo de tremoços e a música de Quim Barreiros.

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