terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Loucura e genialidade


Syd Barrett, Theodore Kaczynski, Bobby Fischer.

Três génios de distintas áreas, três talentos desmesurados que desaguaram na loucura e no isolamento. O primeiro fez parte da formação inicial dos Pink Floyd, mente atormentada mas criativa até ao zénite, impulsionadora do melhor psicadelismo que se fez no final dos anos 60. Isolou-se do mundo, sofreu de esquizofrenia, viveu totalmente anónimo para o mundo e morreu em 2006 vítima de cancro. Kaczynski, por seu turno, era tido como um genial professor universitário de matemática, até se ter isolado – qual eremita dos tempos modernos – numa desconhecida cabana no meio da montanha para assumir a perversa personalidade de Unabomber. Como Unabomber, perpetuou vários atentados com carta-bomba e foi preso em 1996. Escreveu um manifesto contra a sociedade industrial e tecnológica, no qual expunha de forma objectiva os argumentos para a aniquilação dos males dessa mesma sociedade. Bobby Fischer, génio do xadrez mundial, sagrou-se campeão mundial em 1972 e 1975, possuidor de um invulgar e elevadíssimo QI de 180. A partir de dada altura, diz-se que entrou numa espiral de loucura e misantropismo. Manifestou publicamente o seu contentamento pelo ataque terrorista ao World Trade Center, tendo sido obrigado a exilar-se na Islândia. Não fala com ninguém, tem um trato difícil e sofre de paranóias compulsivas.
Moral amoral: o que conduz estes três homens (e há mais exemplos), geniais nas suas áreas, que poderiam ter tido carreiras profissionais de fama, dinheiro e prestígio, à loucura, ao desespero e à paranóia? São exemplos fascinantes de como a mente humana tem obscuros campos por explorar. Daí que a relação entre a criatividade, genialidade e loucura seja das temáticas mais fascinantes da psicologia do comportamento humano.
Na foto, Bobby Fischer na actualidade.

1 comentário:

Ana Cristina Leonardo disse...

O Damásio andava a tentar estudar isso...