segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Eraserhead - uma comédia romântica?


“Eraserhead” não é um filme. É uma experiência audiovisual e sensorial sem grande concorrência na história do cinema. É um pesadelo expressionista cujo impacto no espectador perdura muito para além do fim do genérico final. Agora que está em exibição em sala, importa recuperar esta primeira longa-metragem de David Lynch, o mestre da bizarria estética e dos universos surreais. Acontece que no inevitável youtube há um (falso) trailer do filme que subverte a essência dramatúrgica desta obra: com música de Simon and Garfunkel, a ideia que perpassa por este trailer é que se trata de uma comédia a estrear no Verão para todas as famílias, incutindo-lhe deliberadamente (ao trailer) um cariz cinematográfico superficial, ligeiro e quase anedótico. Não deixa de ser interessante e… bizarro, constatar que o efeito no espectador menos precavido é alcançado. Não vá é agora um espectador que ainda não tenha visto o filme esperar uma comédia romântica tal como é apresentada neste minuto e meio de trailer!

Trailer aqui.

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